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terça-feira, 22 de julho de 2014

França e o vestuário de luxo


A criação do vestuário de alto luxo começou na França, um país de habilidosos e inventivos artesãos que, ao longo do tempo, produziram objetos extraordinários e refinados, utilizando materiais nobres e métodos de fabricação precisos, despertando o desejo pela perfeição, pela beleza estética e pela exclusividade – entendida como algo que é único, pouco acessível e que promove a distinção social.
A invenção da alta costura – utilizando mão-de-obra artesã e demarcando a fronteira entre as classes mais favorecidas e o resto da população –, é datada de meados do século XIX, mas a sua origem remonta às vestes sumptuosas de reis e rainhas da Europa medieval.
Historicamente, o luxo e a riqueza do vestuário associados à história da França remetem ao século XVI, quando o rei e a corte se instalaram em Paris, no Palácio do Louvre. Essa mudança impulsionou os setores económicos urbanos, no sentido de atender a uma crescente procura por produtos de luxo. E criou uma nova tendência doravante conhecida como moda: a diversidade do corte, de tecidos e de cores foi crescentemente valorizada pelas elites, de tal forma que não bastava ter apenas uma túnica, mas uma diversidade e profusão de peças.
Nesse período, alfaiates, costureiras, bordadores e tingidores alcançaram uma posição de destaque entre os artífices de todas as áreas, pois eram responsáveis por traduzir em roupas, por intermédio das suas habilidades, a pompa e o espetáculo da vida na corte, bem como causar a melhor impressão possível dos nobres que as vestiam. Porém, a formação de padrões de vida baseados na elegância e sofisticação foi redefinida na França com a ascensão ao poder de Luís XIV, que governou entre 1643 e 1715), valendo-se do “savoir faire” (“saber fazer”) francês para estabelecer o domínio daquilo que viria ser conhecido como o rentável mercado do luxo, hoje transformado numa poderosa indústria mundial. Na imagem, a representação do casamento de Luís XIV, sendo visível a ostentação dos nobres através do vestuário. 

Obs. – Texto baseado num trabalho académico de Dhora Costa, professora do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2013)

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