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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Moda portuguesa quebra a barreira do género


Numa altura em que a sociedade desconstrói os estereótipos do masculino e do feminino, a moda, sempre imediata a reproduzir a realidade, tem abraçado a amplitude de opções, com cada vez mais marcas e designers a criarem coleções sem género, como a Meam ou Hugo Costa.



Será que as modas masculina e feminina vão continuar separadas por secções? O que distingue a roupa de mulher e a roupa de homem? As respostas estão também a ser dadas nas passerelles portugueses, por designers como Hugo Costa, Inês Torcato, Sara Maia e Susana Bettencourt ou a marca Meam. A tendência “genderless” está a ser rebatizada de “genderful”, uma identidade positiva que é única para cada pessoa, está em constante mutação e é inclusiva de todas as formas de autoexpressão. Uma evolução que o retalho está já a acompanhar (ver Consumo Sem Género) e à qual a marca prodígio da Inditex também não foi indiferente (ver Zara sem género).

A verdade é que os tempos são de mudança e, cada vez mais, pessoas que não se identificam com o género masculino ou feminino (especialmente entre Millennials ou Geração Z) têm vindo a ganhar voz. Os mais jovens aceitam a fluidez de género com mais facilidade do que as gerações que lhes antecederam (ver A segunda versão do unissexo).

Susana Bettencourt
Hugo Costa




Prova disso foi a última edição do Portugal Fashion, em outubro passado, (ver Portugal Fashion entre estreias e regressos), na qual a designer Susana Bettencourt quis ir além do unissexo, precisamente baseada na ideia da individualidade em constante mutação. Deste modo, a criadora de moda desprendeu-se dos limites impostos pelo género, com as propostas da coleção “Resilient Individuality”, onde procurou ir além do feminino, «numa celebração a todas as pessoas que podem ter dificuldade em marcar, ou em simplesmente por um pé no chão, e serem elas próprias», explica ao Portugal Têxtil. A modelo «surpresa» que fechou o desfile de Susana Bettencourt foi Morgana, uma transsexual em pleno processo de transição, que desfilava uma t-shirt onde se lia “Power”. «É uma individualidade resiliente, que é fora géneros, fora cores e fora culturas. A mulher de hoje em dia não é um país, não é uma cor e não é um género. Temos de pensar em pessoas, não só em mulheres e homens», afirma.

Hugo Costa é já reconhecido pelo seu traço sem género, reforçado na coleção para a primavera/verão 2019 “(A)Way of Punk”, apresentada na Semana de Moda Masculina de Paris, em junho último. «Quando estamos a desenvolver um trabalho, pensamos em unissexo. Todo o imaginário da marca não tem género. Pensamos em peças que podem ser usadas por homens e mulheres», esclarece. Para atingir este modelo, são vários os «sistemas» utilizados, nomeadamente «a modelação, o ajuste de tamanho, os elásticos… Claro que uma peça do mesmo tamanho não vai assentar da mesma forma num homem e numa mulher. O oversize é fundamental para que isto possa existir. As peças adquirem silhuetas diferentes, mas podem servir aos dois géneros», assume.

Também a nova coleção da Meam contempla peças que podem ser usadas por homens, num conceito “agender”. «A ideia de complementar a coleção nasceu no ano passado, com esta ideia de fazer uma peça que tanto fosse masculina como feminina, sem género. E nesta coleção existem camisas de linho, popelinas, t-shirts, sweaters, que são já nesse conceito», elucida o diretor criativo da marca, Francisco Rosas. «É engraçado que tanto vendemos peças de senhora para homem como de homem para senhora», revela Maria do Carmo Mendes, co-CEO da Meamstyle, a empresa que detém a Meam. «É um conceito que vamos continuar a fazer e acho que vai evoluir. No mundo em que vivemos esse conceito está muito atual, está muito em tendência e seria uma pena não o continuar», garante Francisco Rosas. (ver Meam em romaria no Portugal Fashion)

Francisco Rosas
Inês Torcato





















Jovens criadores são o espelho da sua geração

De igual forma, Inês Torcato desenha várias peças comuns aos dois géneros e duplica outras apenas com pequenos ajustes. Na coleção «Alma» para a próxima estação quente, a criadora de moda aposta em assimetrias, que se refletem «nas silhuetas justas e sobreposições de tons de pele em collants, criando uma segunda pele», contornando o suposto fosso que separa os dois guarda-roupas.

Já Sara Maia não quer prender-se a conceitos que «não permitam explorar outras coisas». Nas suas novas propostas, a jovem designer privilegia as sarjas, malhas tricotadas e gabardines, com base em clássicos do vestuário masculino, para servir ambos os sexos da mesma forma, sem divisões. «Sei perfeitamente que não tenho o lado mais feminino – dentro do que é o conceito feminino português –, mas criei um novo conceito e isso não é fácil», reconhece, admitindo que os países nórdicos, como a Suécia e a Dinamarca, podem sentir-se mais atraídos pela sua identidade do que o público nacional, «que é um bocado conservador, principalmente as mulheres, que têm medo de arriscar».

Sara Maia




quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Moda de outono para todas as ocasiões



O outono chegou e trouxe a necessidade (e a vontade!) de renovar o guarda-roupa. É tempo de espreitar as novas coleções e preparar o figurino para a próxima estação. A ‘Domingo’ pediu conselhos à personal stylist e consultora de moda Diana Pimentel para compor looks informais, clássicos, desportivos e de festa.
"Este ano temos muita cor e algumas novidades, mas também peças e padrões que permanecem como tendência todos os anos, como é o caso do xadrez, do padrão animal, das lãs, do pelo, das peles e do veludo", anuncia.

foto: Reuters

Pode parecer algo confuso mas, antes de se perder nas lojas e mergulhar numa teia de tons e texturas por vezes difíceis de decifrar, é muito importante identificar o estilo pessoal e as suas necessidades.
"Se trabalhamos num ambiente conservador é aconselhável investir numa predominância de peças clássicas e em bons básicos. Se, pelo contrário, o nosso dia a dia não obriga a grandes formalidades, podemos dar azo ao conforto e largas à criatividade", frisa.

Os eternos clássicos
Ao contrário do que se possa pensar, adotar um estilo clássico não é sinónimo de aborrecimento. "É perfeitamente possível ter um armário adequado a ambientes mais conservadores incorporando as últimas tendências de moda. O fato completo e o blazer ‘oversized’ são duas das variantes que se mantêm desde o ano passado. O estampado príncipe de Gales e todos os motivos ‘tartan’ são permitidos, desde que se mantenham na paleta de neutros, como o cinza, o bege, o castanho, os azuis e os verdes.
O padrão animal é uma das tendências mais marcantes da temporada, podendo ser uma opção elegante desde que utilizado com moderação. "Prefiram as estampagens pequenas ou optem por aplicar o ‘animal print’ em acessórios como sapatos, cintos, carteiras ou bijutaria", aconselha a ‘personal shopper’.
Uma peça em ‘scarf print’ será também uma excelente forma de atualizar o seu roupeiro. Combinada com os básicos de todos os dias vai trazer cor e frescura, sem perder a elegância. Além disso, esta é uma ótima oportunidade de resgatar os lenços vintage da mãe ou da avó, esquecidos no fundo do armário", explica Diana Pimentel.
Quanto às cores, se o azul cobalto faz sentido no seu armário, pode acrescentar uma peça neste tom para "atualizar" os conjuntos de outono/inverno. 
Fora do escritório também é possível manter o look clássico, faz notar a consultora. "Aliás, este é o estilo de algumas das mulheres mais bem vestidas do Mundo. O segredo é misturar os básicos intemporais com peças mais atuais, criando um visual clássico chique. Por exemplo: um vestido de padrão floral em tons de azul fica perfeito com umas botas altas (e o azul é uma das cores fortes da estação). Ou a saia de estampagem de lenço, que pode ser combinada com uma malha básica preta e uns stilettos pretos. A mistura de padrões também está a par das tendências, como "a mistura de losangos com xadrez que Michael Koors apresentou no seu desfile", recorda. O truque é usar elementos no mesmo tom, sem perder o bom gosto.
O veludo patchwork ilustra uma tendência "mais artesanal", mas também presente nesta estação: "Pode ser facilmente equilibrada pela camisola de gola alta, chapéu e botas", acrescenta.
"E o estilo western, que algumas podem pensar que foge do clássico, também este ano se pode incorporar. Não há necessidade de ser literal, mas umas botas de cowboy e um blusão de pele fazem um conjunto perfeito para uma saída de fim de semana!", avisa a consultora de moda.

Estilo desportivo em alta
Para quem é adepto dos ténis e gosta de misturar peças desportivas com roupa do dia a dia, este é um estilo que está muito em voga. "Sweatshirts, leggings, calças de jogging, ‘bomber jackets’ e t- -shirts são a base, os acessórios fazem o resto", explica.
Contudo, adotar um estilo desportivo não significa andar vestido como quem vai para o ginásio. "Escolha uma ou duas peças ‘sporty’ e combine-as com outras mais clássicas, sem esquecer a feminilidade e aposte nos acessórios: uma fita preta no cabelo, uns brincos XL ou o cachecol extra longo são uma forma de brincar com as tendências e modernizar o nosso visual".
Também é possível misturar as ‘hits’ da estação na roupa desportiva, por exemplo, "leggings em ‘animal print’, um casaco em lã artesanal ou o xadrez".
"Menção honrosa para os ‘daddy shoes’ ou ‘ugly sneakers’, que se vão ver bastante por aí, pois podem ser combinados com quase tudo e que dão um ‘up’ a qualquer visual", conclui.

Estilo casual
Para quem trabalha em ambientes casuais e pode usar um pouco mais a imaginação, as tendências de moda "são uma inspiração e uma forma de expressar a personalidade".
"O padrão de lenço deve ser usado estrategicamente, principalmente se o padrão for grande e a cor chamativa, pois vai chamar a atenção para a zona onde for aplicado. Em caso de dúvida, um lenço amarrado na carteira não tem como correr mal!", aconselha Diana.
Os collants em cores contrastantes ou trabalhados são uma das novidades de styling para o inverno, como no look apresentado pelo desfile da Dolce & Gabbana para esta estação. "Um estilo que favorece especialmente as mulheres de pernas longas e magras", avisa Diana, pois cada tendência deve ser usada consoante o tipo de corpo e o estilo de vida.
Os fãs de ponchos, blusões de tachas e franjas, nesta temporada não vão ter razões de queixa. "O estilo western será um dos preferidos. Contudo o look ‘cowboy total’ é de evitar, sendo preferível combinar este tipo de peças com gangas e com os básicos do dia a dia", salienta.
A bombazina é um dos tecidos estrela da estação fria, mas requer algum cuidado, pois "pode facilmente tornar-se demasiado jovial". Por isso, mais vale procurá-la em "fatos completos e em calças largas".
A stylist aconselha ainda a "carregar" nos brilhos e acessórios, de modo "a sofisticar este veludo de cariz tão casual".
Já o ‘tartan’ colorido pode ser uma boa maneira de alegrar os dias sombrios de outono. "Se quiser combinar mais do que um padrão, escolha tecidos dentro dos mesmos tons ou, para as mais corajosas, combinem com preto e branco ou padrão animal. Nesta temporada, a mistura total de animais é permitida, assim como a sua conjugação com o xadrez e florais. No final, tudo se resume a uma questão de atitude, e se está confiante porque não arriscar?", remata.

Pronta para a festa
Daqui até ao Natal é um pulinho. "E neste momento as lojas já estão cheias de possibilidades de outfits para todos os gostos e carteiras.
O vestido-blazer é um ‘must have’ para as mulheres de estilo clássico. Os vestidos florais têm sido revisitados pelos designers ano após ano e nunca falham. Para além de poderem ser usados de diversas formas, com os acessórios certos são uma escolha certeira para todas as festas da época!"
Apesar de pouco utilizado no dia a dia, o prateado faz parte da paleta de tendências da temporada outono/inverno. "O prata pode ser usado no chamado ‘look total’ em ocasiões mais glamorosas, ou combinado com uma camisa branca ou um vestido preto", diz.
E há ainda formas de adaptar as tendências para looks de festa: "Sou apologista de peças versáteis, que possam ser usadas para festa, mas também em outras ocasiões: a saia plissada, a camisa em ‘scarf print’, um macacão plissado em azul ou até um coordenado em xadrez." Já o estampado tribal, embora seja uma tendência mais casual, "poderá ser combinado com tecidos luxuosos (seda, veludo, cabedal) e resultar em looks de festa bastante interessantes."
Mulheres com curvas "devem optar por vestidos trespassados e de comprimento médio, pois são esses os modelos que mais as favorecem. Já o biótipo retangular (mulheres sem curvas) pode aproveitar os folhos, padrões e bordados para dar algum volume à silhueta", ressalva a stylist.
Os materiais irisados também surgiram pontualmente nos desfiles, "tendo uma textura e um brilho inovador e capaz de modernizar qualquer look", conta. Este tipo de peças "deve ser conjugado com malhas e t-shirts sem brilho, para um resultado mais cool".
Com tantas opções de vestidos e saias compridas, é importante referir que as mulheres de estatura pequena ou ‘petite’ também podem usar este tipo de comprimentos. Para um resultado harmonioso devem "ajustar o tamanho das bainhas, e deixar no mínimo 1/3 da figura descoberta".

Tendências no masculino
A moda masculina é menos complicada no que diz respeito às tendências. Embora estas estejam cada vez mais presentes, são mais contidas e o leque de opções é bastante inferior.
"Se trabalha em ambientes formais, o blazer, o fato completo e as camisas são os básicos incontornáveis. Os tons escuros e neutros serão os mais adequados ao local de trabalho, podendo ser pontuados por pequenos toques de cor. O sobretudo a três quartos é uma das peças em que devem investir, e se for em xadrez ficam logo atualizados em termos de tendências!", revela. O xadrez estará presente nos fatos e nos casacos, sendo uma boa aposta desde que se situe numa paleta de tons frios e escuros. "Homens altos e magros devem aderir às camisolas de gola alta finas, caso contrário serão preferíveis as malhas de decote chegado ou em ‘V’. Uns bons sapatos de atacadores, um boné ou chapéu, um lenço, óculos de sol ou cachecol são pormenores importantes e que farão toda a diferença no visual", ilustra Diana Pimentel.
Para o fim de semana ou em ambientes descontraídos, o tipo de roupa e o leque de cores será mais abrangente. Aí as restrições são meramente pessoais, "sendo permitidos os padrões mais alegres e exuberantes, o estilo confortável ou o desportivo".
Quanto a detalhes, há muito por onde escolher: "Os blusões em pelo de carneira com as lãs de torcidos são quentes e extraconfortáveis. Os logótipos e as mensagens estampadas nas camisolas e sweats é outra das tendências que muito agrada ao público masculino. A mistura de padrões xadrez não é exclusiva das coleções femininas, assim como o camuflado e alguns detalhes em padrão animal."
O consumidor português costuma ser bastante clássico. "O homem comum não se sente confortável em calças ‘skinny’ ou em cortes ‘slim fit’. E também precisa de adaptar as roupas ao tipo de corpo e estilo de vida. Apostar em bons básicos, cortes adequados e materiais de boa qualidade são as regras chave para um homem bem vestido. Nos acessórios podem introduzir um pouco de cor e personalidade", é o conselho da consultora responsável pelo blog ‘Fashion After 30’.


Autora: Vanessa Fidalgo

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Bebé com síndrome de down participa da nova campanha da estilista Stella McCartney


A campanha de outono/inverno 2018-2019 da estilista Stella McCartney inclui um bebé com síndrome de down. Com a inclusão do bebé a estilista está a contribuir com mais um passo contra o preconceito.


Esta não é a primeira vez que um bebé com síndrome de down participa de campanhas de moda e nem é a primeira vez que a estilista britânica usa campanhas da marca para sensibilizar em prol de temas sensíveis.

Nas suas campanhas, Stella McCartney promove a diversidade, com a participação de modelos de diversas nacionalidades e em representação de várias etnias.

Além disso, a estilista é conhecida por apoiar as questões relacionadas ao meio ambiente. Foi dos primeiros nomes do mundo da moda a aderir a um modelo de moda sustentável, abolindo o uso de peles e outros materiais de origem animal.

A nova coleção reflete, mais uma vez, as preocupações ambientais da estilista. As peças são fabricadas em algodão (76% dele é orgânico) e inspirada na natureza, com desenhos de joaninhas, abelhas e caracóis, lembrando a importância da biodiversidade.

terça-feira, 8 de maio de 2018

“O fim de uma era”: o português Felipe Oliveira Baptista deixa direcção criativa da Lacoste




O açoriano foi pioneiro ao tornar-se no designer português mais bem colocado na indústria da moda parisiense. A Lacoste anuncia que a próxima colecção será desenhada pelo estúdio da marca.

Depois de oito anos de trabalho, a Lacoste vai deixar de ter o designer de moda português Felipe Oliveira Baptista como seu director criativo. O anúncio foi feito esta quarta-feira pela Lacoste, a conhecida marca desportiva que quererá regressar precisamente a essa sua tradição – é o fim de um capítulo de uma história que tornou o açoriano Felipe Oliveira Baptista no mais bem colocado português na indústria da moda parisiense e, por isso, do mundo. Os motivos da saída não são detalhados pela marca.

Em Agosto de 2010, quando foi anunciado o seu nome como director criativo da marca do crocodilo, a Lacoste queria ser precisamente mais do que isso – mais do que uma linha de vestuário identificada pelos seus pólos coloridos com o seu logótipo inconfundível, queria uma “nova interpretação" dos seus valores. No mesmo ano, e nos seguintes em que as colecções de Felipe Oliveira Baptista para a marca fundada por René Lacoste agradavam à crítica e renovavam a imagem da marca, a moda portuguesa ainda não tinha nomes como Marta Marques e Paulo Almeida, os Marques’Almeida que vestem Rihanna, a dar cartas na cena internacional. Nem modelos como Luís Borges ou Sara Sampaio a serem o rosto de um dado momento do sector, rostos portugueses mas sempre internacionais.

A Lacoste de Felipe Oliveira Baptista apresentava-se, então, não em Paris mas em Nova Iorque, semana de moda mais comercial e ecléctica do que a artística e refinada congénere parisiense, mas nas últimas estações tinha-se já reinstalado na capital francesa. Durante o seu trabalho com a Lacoste, Oliveira Baptista suspendeu mesmo a sua marca em nome próprio em 2013, que apresentou durante muitos anos na capital francesa, na Semana de Alta-Costura e depois na Semana de Pronto-a-Vestir. A sua visibilidade foi simultânea com a realização da primeira exposição a ele dedicada em Portugal, em Outubro de 2012, no Museu do Design e da Moda (Mude), em Lisboa, à época a mais vista de sempre do museu.

Agora, Thierry Guibert, presidente da Lacoste desde 2015, enviou um comunicado em que acrescenta mais um nome ao frenesim de transferências do sector nos últimos meses, agradecendo ao açoriano por ter “escrito um capítulo-chave na história da Lacoste” e, segundo o jornal especializado norte-americano Women’s Wear Daily, frisando a vontade de voltar a focar a marca no seu lado desportivo. Este ano, a Lacoste cumpre o seu 85.º aniversário e Guibert tinha já admitido que teve de dar “um rumo claro” à marca quando chegou, considerando que a encontrou demasiado fashion e pouco desportiva. Nos últimos anos, as colaborações com outras marcas, como a Supreme, ou os embaixadores ligados à cultura popular como Lily Allen, marcaram a Lacoste.

Fonte: Público

Martin Margiela, estilista mais enigmático da moda, autoriza documentário sobre seu legado



O momento tem sido ótimo para documentários, principalmente sobre personagens do mundo fashion. Vivienne Westwood e Alexander McQueen estão entre os estilistas que terão sua história retratada nas telas. Agora foi anunciado que mais um personagem importante da moda terá um longa para chamar de seu: Martin Margiela, um dos estilistas mais misteriosos da história da moda.

Dirigido por Reiner Holzemer, o mesmo que responde pelo documentário sobre Dries Van Noten lançado em 2017, o filme tem como destaque a colaboração inédita de Margiela, conhecido por sua rígida discrição. “Estamos entusiasmados em trabalhar com a história de um estilista tão misterioso e enigmático”, disse Holzemer ao site “Variety”. Esta é a primeira vez que o estilista concorda em fazer parte de um filme sobre sua vida e trabalho.

Dada a importância de seu legado à moda, este não é o único filme dedicado ao estilista. Em 2015, “The Artist is Absent” foi lançado com direção de Alison Chernick reunindo filmagens raras de acervo, além de entrevistas com colaboradores e estilistas contemporâneos do estilista belga. Atualmente, sua marca, a Maison Margiela, é dirigida por John Galliano.

Em alta, Margiela ganhou recentemente uma exposição no Palais Galliera, em Paris, dedicada a ele.

Fonte: Glamurama


segunda-feira, 7 de maio de 2018

Talento sem idade: quatro estilistas mirins invadem o cenário fashion

Aos poucos, mas de forma confiante, as crianças vêm provando que também têm influência na moda. Os pequenos surpreendem quando surgem com coleções incríveis e repletas de tendências. Assim, eles vão se estabelecendo como legítimos estilistas e traçando um longo futuro no universo fashion. Separei alguns nomes para você não perdê-los mais de vista.

Vem comigo conhecer!

1. Kheris Rogers
Kheris Rogers tem apenas 11 anos e é a estilista mais jovem a desfilar na Semana de Moda de Nova York. Sua irmã, Taylor Pollard, fez uma publicação no Twitter, em 2017, usando a hashtag #FlexinInHerComplexion como forma de empoderar a pequena, que sofreu bullying por causa de seu tom de pele.



E funcionou! Inspirada e com toda a visibilidade da campanha, Kheris lançou sua linha de roupas Flexin’ In My Complexion, que conta com camisetas, moletons e jaquetas, entre outras peças para crianças e adultos. Recentemente, ela foi chamada para uma campanha da Nike. Alicia Keys, Lupita Nyong’o e outras celebridades mostraram apoio à marca. Que poder, né?

2. Melissa Jade Aiello


Melissa, ou Missy, nasceu na Inglaterra em 2001 (sim, nos anos 2000, que loucura!), mas foi uma professora em Nova York que a incentivou a desenhar. Naquela época, aos 9 anos, ela encontrou inspiração na mãe, modelo de catálogos, e começou a criar alguns rascunhos de ícones fashion das revistas, incluindo Karl Lagerfeld.

Então, a menina decidiu colocar o desenho de Karl em uma camiseta, e depois rascunhos de Anna Wintour, John Galliano e Donatella Versace. Foi assim que nasceu a linha de camisetas Tees By Missy X.

Atualmente, aos 17 anos, Melissa cria camisetas num estilo bem cool e já fez colaborações com celebridades, entre elas o rapper Wiz Khalifa.

3. Moziah Bridges


Após sua avó presenteá-lo com uma máquina de costura quando ele tinha 9 anos, o pequeno Mo começou a criar gravatas-borboleta. Pouco tempo depois, ele havia produzido dúzias do acessório em tecidos vintage, o que atraiu a atenção da família e amigos. Com o incentivo deles, Moziah lançou a marca Mo’s Bows. Agora, aos 16 anos, quando não está na escola, ele vende as peças em sua loja on-line e em boutiques espalhadas pelos Estados Unidos.

A proposta da Mo’s Bows é fazer você se sentir da melhor forma possível enquanto usa as gravats, que, devido à sua versatilidade, permitem um look sério, mas também leve e divertido. “Quando eu terminar o colégio, em 2020, pretendo ir para a faculdade e estudar moda. Eu sou a prova viva de que você pode fazer o que quiser, independentemente da idade”, afirmou o jovem estilista.

4. Cecilia Cassini

Quando tinha apenas 4 anos, Cecilia começou a recriar roupas que encontrava em casa: cortava pedaços das peças e recombinava tecidos diferentes. Aos 6, a americana ganhou de aniversário a primeira máquina de costura. Com 10 anos, ela apresentou sua primeira linha, em um desfile local de Los Angeles. Começou a fazer sucesso com suas criações e, aos 14, já vestia grandes celebridades, como Miley Cyrus, Kelly Osbourne e Heidi Klum.



Sempre estilosa, a jovem esbanja confiança. Quando pequena, afirmou que ia para a escola vestindo roupas que outras garotas usavam em festas. Quanta atitude, né?! Atualmente, Cecilia tem 17 anos e continua agitando o universo fashion. A coleção Follow Your Dreams foi criada para incentivar as crianças a seguirem seus sonhos e acreditarem na própria força.

Os pequenos impressionam com paixão e talento quando o assunto é moda. Eles quebram paradigmas com muita habilidade, atitude e dedicação. Esses jovens merecem nosso reconhecimento e são a prova de que não existe idade para corrermos atrás de nossos sonhos.

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Designer Molly Goddard vencedora de prémio britânico de moda


A ‘designer’ Molly Goddard venceu o prémio BFC/Vogue Designer Fashion Fund 2018, no qual eram finalistas Paulo Marques e Marta Almeida, fundadores da marca Marques’Almeida, anunciou o British Fashion Council (BFC), o organismo de promoção da moda britânica.

Lançado há dez anos, o fundo visa identificar novos talentos e acelerar o crescimento ao longo de um período de 12 meses através de um prémio financeiro de no valor de 200 mil libras (226 mil euros) e de outros profissionais mais experientes, mas também em áreas como contabilidade, ‘merchandising’, estratégia de negócios, crescimento internacional, retalho e comércio eletrónico.

Os outros finalistas eram David Koma, Huishan Zhang, Le Kilt, Rejina Pyo, que, mesmo assim, beneficiaram de um programa de apoio por especialistas do setor, incluindo uma mesa redonda organizada por Paul Smith e uma sessão com Maria Hatzistefanis, da Rodial, e estão a receber conselhos jurídicos do gabinete de advogados Mishcon de Reya.

A rede retalhista chinesa JD.com recebeu ainda os finalistas em Xangai e organizou um desfile para mostrar as respetivas coleções para um público local de jornalistas, retalhistas e influenciadores do setor.

O júri foi presidido por Edward Enninful, diretor da edição britânica da revista Vogue e composto por especialistas da indústria da moda como Caroline Rush, do BFC, Erdem Moralioglu, ERDEM; Gemma Metheringham, LABEL; Helen David, Harrods; a modelo Jourdan Dunn; Maria Hatzistefanis, Rodial; Sarah Manley, Burberry; Sarah Mower, embaixadora do BFC para talentos emergentes; Paul Price, Topshop; e Xia Ding, JD.com.

Formados por Paulo Almeida e Marta Almeida, os Marques’Almeida participam desde 2010 na Semana da Moda de Londres, cidade onde se instalaram em 2009.

Em 2014 foram premiados na categoria de Talento Emergente - Moda Feminina dos British Fashion Awards do BFC e em 2015 receberam o prémio LVMH para Jovens Estilistas de Moda, no valor de 300 mil euros, atribuído por um júri que inclui, entre outros, Karl Lagerfeld e Marc Jacobs.

A notoriedade alcançada abriu portas para o convite, em 2014, para criarem uma coleção para a rede de lojas Topshop, e 2015 para desenhar o guarda-roupa para o espetáculo de gala de moda da companhia de ballet de Nova Iorque.

Fonte: Diário de Notícias

quarta-feira, 2 de maio de 2018

O vestuário de trabalho que é moda há 200 anos

O denim total está de volta! A ganga apareceu no final do séc. XIX, na altura era usada para fazer vestuário de trabalho, porque era barata e bastante resistente. Os looks de ganga com ganga viajaram do início duzentos anos para marcar as tendências da atualidade. Piroso? Nada disso! Basta saber como conjugar as peças e o Delas.pt dá-lhe uma ajuda.

Givenchy, Stella McCartney e Tom Ford foram algumas das casas de moda que incluíram coordenados desta natureza nas propostas para a primavera/verão 2018. Nesta temporada, estes looks conferem a sofisticação necessária para o streetstyle do momento.


Este tecido – que, apesar de ter mais de século e meio de existência, atingiu um primeiro pico de notoriedade nos anos 50 – é hoje aplicado a todo o tipo de peças de roupa e acessórios de moda. Percorra o shopping (acima) para ver algumas sugestões de aliados de estilo em ganga para acrescentar ao seu closet.

Entre calças, calções, jardineiras, sandálias ou camisas, na nossa seleção poderá encontrar tudo o que necessita para aderir a esta tendência. Pode optar por combinar roupas e acessórios desta matriz com tons distintos ou conjugar peças deste material que apresentem a mesma cor. Dê uma vista de olhos à galeria disponível no link e inspire-se para construir os looks de denim total para esta primavera.

 Fonte: www.delas.pt
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