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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Brasil. Mercado “plus size” cresce 6% ao ano


O vestuário para o público “plus size” é uma tendência em crescimento do mercado têxtil. Prova disso é o aparecimento de estilistas cada vez mais focados no desenvolvimento de peças de vestuário para mulheres que tenham uns quilinhos a mais, produzindo moda para satisfazer esse público.
Fugir dos clichés é a palavra de ordem no trabalho do estilista brasileiro Rodrigo Moura. E é essa a grande aposta do profissional do Estrado de Minas Gerais para atender às expectativas do público feminino “plus size”, ou seja, mulheres que vestem acima do número 46). No Brasil, é um nicho que cresce cerca de 6 por cento ao ano e já movimenta 5 mil milhões de reais (cerca de 1,4 mil milhões de euros), segundo dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest).
O estilista Rodrigo Moura está atento e, com a recém-lançada coleção primavera-verão, a sua proposta é contrariar o padrão estabelecido nas peças de tamanhos maiores, que quase sempre é dominado por cores monótonas e cortes comportados. Para o estilista, não é porque o peso está um pouco acima do desejável que os ombros devem estar sempre encobertos, muito menos os tons precisam ser sempre tão sérios.
Ideias como a de que “o branco engorda” ou “listas não devem ser usadas” são ignoradas por Rodrigo Moura para que o acesso a todas as peças seja democratizado, tanto mais que o público tem ficado cada vez mais exigente.
Há 13 anos no mercado da moda, o estilista afirma que o público plus size não tem opções de roupa que saia do senso comum. “A reclamação mais comum é que quando você encontra uma roupa em tamanho grande, é uma roupa careta. Então a primeira ideia foi atingir essa parte carente do mercado inovando nas opções.”
Hoje, as peças confecionadas pelo estilista vão do número 38 ao 52, mas a ideia é fabricar peças até ao número 56. Com distribuição em mais de dez Estados brasileiros, a expectativa de Rodrigo Moura é expandir ainda mais o negócio. “A procura de tamanhos acima do 46 já é o nosso carro-chefe e representa quase 80% de tudo que vendemos”, revela o estilista mineiro.

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