“O Portugal Fashion
surgiu em 1995 para ser uma plataforma que permitisse dar visibilidade aos
criadores portugueses. Nós sempre fomos conhecidos como um país que
confecionava bem, que tem uma indústria bem vista além-fronteiras, por isso é
que as grandes marcas se socorriam do nosso país para produzirem os seus
produtos. Mas não tínhamos uma marca portuguesa. Era importante criar
casamentos entre a indústria [a capacidade produtiva] e os criadores.”
“Em 2000, na primeira vez
que [o Portugal Fashion esteve] em Paris, os criadores portugueses fizeram um
desfile coletivo. Houve uma dificuldade naquela altura de pôr a moda portuguesa
na capital do mundo da moda, porque Portugal não era conhecido como produtor de
moda. Passados 14 anos, cada criador tem o seu nome inscrito no calendário,
cada criador escolhe o seu espaço, tem a sua marca. A Fátima Lopes já abriu a Semana
de Moda de Paris. Há 14 anos isso era impensável. O Felipe Oliveira Batista [estilista],
por exemplo, é hoje diretor criativo da Lacoste. E é português. Sem dúvida que,
para isso, contribuiu muito este trabalho árduo, resiliente e persistente de
projeção da moda portuguesa.”
“Sem os criadores e sem a
indústria têxtil não existe o Portugal Fashion. O que pretendemos é ajudar um
setor português que já passou por muitas dificuldades mas que hoje se
reinventou. Hoje há moda portuguesa.”
“Nós vemos artistas
portugueses, escultores portugueses e futebolistas portugueses a vencer
além-fronteiras. Temos muito hoje por onde ir beber.”
“O Portugal Fashion não
quer entrar em todas as semanas de moda. Só naquelas que entende que podem
contribuir para a projeção da moda portuguesa. Já estivemos em Nova Iorque,
Istambul, Madrid e Barcelona. Paris foi a única semana da moda que nunca
deixámos de fazer. Estivemos em Londres porque é um local de crescimento de
novas tendências, de novas formas de pensar, é um alvo forte de criação. Viena
é um mercado emergente, é um mundo novo com muitas oportunidades e muito por
explorar. A Europa será sempre o nosso mercado natural, porque fala a nossa
linguagem, mas equacionamos outros mercados. ”
Rafael Rocha, diretor de
comunicação da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), “Observador”,
02-10-2014 :: Conteúdo integral: http://bit.ly/1BCE9P4
Nenhum comentário:
Postar um comentário